1 de agosto de 2014

Estrada



Como anda sua estrada? Tranquila, tumultuada, corrida, clara, confusa... 

Ela é sua mesmo? Ou você tem tomado para si caminhos que nem sempre foram seu intuito seguir? Pergunta boba? Que nada... Tem muita gente por aí traçando seu caminho com as pernas dos outros... ou melhor, andando com as próprias pernas o caminho dos outros.

Hoje em dia tudo é medido, verificado, comparado. Para tudo se dá opinião, para tudo se quer saber... Nos resta sinceramente responder se temos vivido o que queremos ou se temos vivido aquilo que agrada aos outros.

Pessoas infelizes, que se cobram, que vestem máscaras, túnicas, capas, vestes que não são suas para mostrar aos outros aquilo que não se é: chance nenhuma de dar certo. Mas, acredito que um dia a vida cobra. Um dia você se cobra. Um dia você se sente VAZIO.

Sou a favor da originalidade, doa a quem doer. Mas, posso dizer de carteirinha que para chegar neste ponto, demorou...  Sou a favor de se fazer aquilo que quer, desde que seja certo, desde que não prejudique ninguém, mas sem a obrigação de precisar ser aprovado seja lá por quem quer que seja. 

Hoje o peso é definido, a cor do cabelo é definida, o biotipo é definido, o palavreado, o dinheiro, sua reação. Quem aguenta? 

E nessa, de agradar, se diminuir, se comparar, se contradizer... quando você vê está indo para um lugar que não sabe qual é.... trilhando um caminho que não é o seu... afinal, não foi você que escolheu. E o sentimento de vazio toma conta, pois você não decidiu por você. 

Acredito que a vida tem grandes dificuldades, mas esse pequeno detalhe, faz toda a diferença. Quem é você? O que você quer para você? Quem não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve... não se perca!  




29 de novembro de 2013

Plasticidade maternal



Quando estudei, achava a parte neurológica incrível... durante todas as aulas saía dizendo: "Meu Deus, só o Senhor para fazer esta máquina tão perfeita... não dá para acreditar que tudo isso funciona assim!!".

Um dos temas que achava mais intrigante é o da Plasticidade Neural. Consiste da capacidade (incrível) que o cérebro tem de,  na incapacidade de realizar uma sinapse com os neurônios que são determinados para tal atividade, o cérebro procura formas de realizar sinapses com outros neurônios, procurando um novo caminho, uma nova forma.

Em meio a todas alegrias, angústias, inseguranças e período de novidades de ter uma criança com 4 meses, prestes a ir para o berçário para que eu volte a trabalhar... pensei em um momento de "insight" que o cérebro das mães tem um poder de plasticidade fora do comum... eu diria: "de Deus".

Uma mulher com desejos, com sonhos, que costuma pensar de uma forma, ao ver seu filho, automaticamente seu cérebro inicia um funcionamento diferenciado, um modo "novo".

Suas prioridades, seu senso de responsabilidade, pensamento rápido, tomada de decisão, tudo isso passa para um "modo de segurança eterno", você nunca será mais a mesma.

Priva-se de algumas coisas, inclui outras na rotina, precisa o tempo todo balancear onde começa você, onde termina, onde começa seu filho e onde ele se encontra contigo. É um desafio diário, necessita de análises cont ínuas para que esta mãe querida não se anule, não se apague, não pire... e esteja 100% para cuidar de seu mais precioso bem.

Não adianta, por isso que as mães são solidárias com outras mães. No mercado, na rua, no pediatra, na fila de algum lugar, pois somente elas sabem o que passa neste coração que mantém o mesmo tamanho, mas triplicou as sinapses, os pensamentos, mudou seu formato de amar e de se amar tb.

Talvez seja parte do mistério da maternidade. "Estar apenas cuidando do bebê" é um trabalho árduo, cansativo, muito gratificante, mas muitas vezes você fica um trapo. Não sei de onde tiramos forças para termos tantas facetas e não deixar nenhuma DAS petecas caírem. Sem contar o afastamento de sua rotina de vida, parece que você virou um extra-terrestre! 

Tenho certeza que a plasticidade neural divina das mães entra em ação quando nosso corpo não consegue mais, um novo caminho é acionado, você respira fundo e vai em frente, mais uma vez, recomeçando, com força renovada, força extra. 

Todas as mães são vitoriosas,  são seres especiais, divinos, singulares. Tantas faces dentro de um único corpo, tantas emoções dentro de uma única mente, tanto amor dentro de um único coração: simplesmente MÃE!

24 de novembro de 2013

A Marca


Hoje andando pela rua, ao ver o congestionamento que estava se formando devido a ser horário de almoço no domingo, me dei conta da infinidade de tipos e marcas de carros que temos nas ruas... impressionante!

Cores das mais variadas, marcas e modelos diversos, 2 e 4 portas, pequenos e grandes, simples e estilosos, muito caros e muito baratos... para todos os gostos.

Então, passei isso para a vida. Tem marca de comida, marca de roupa, marca de absorvente, refrigerante, celular, computador, remédio, camisinha, televisão e tudo o mais o que vc quiser listar.
Uma apelo enorme para que os consumidores escolham x ou y. A marca leva com ela a identidade de quem compra. Para alguns, na sociedade atual, marca cara significa poder, luxo, superioridade. A falsificação significa pobreza, querer copiar e não ter dinheiro para comprar, ser inferior. As marcas caçam as pessoas e prometem o sentimento de se sentir especial, se sentir como querem. 

Mais do que isso, as marcas mostram a que grupo se pertence. Muitas vezes por isso que as pessoas usam determinados produtos apenas para "mostrar o que são" (ou o que gostariam de ser mas não são) e não porque precisam realmente daquilo. 

Valores trocados, desvalorizados... 

A pergunta que me fiz nesse momento de observação e análise: E minha marca? Qual é? Qual deixarei?
Não estou me referindo a Guess, Pernambucanas, Prada, Carrefour, Dolce Gabana, Marisa... Estou me referindo a marca pessoal, meus valores, o que deixarei de ensinamento para meus filhos, o que deixarei na lembrança das pessoas que me conhecem, de que forma vou marcar aqueles que convivem comigo?

Tenho certeza que não será decisivo se tenho um Jipe vermelho ou uma SUV branca, o que será decisivo é o que tenho no coração. 

E vc? Qual é a sua marca?


Inocência



Pureza... é o que sinto quanto vejo as crianças encantadas com o Papai Noel nesta época do ano!
Bem que me disseram, depois que viramos pais, ficamos bobos.... sempre achei uma bobagem os pais colocando os filhos no colo do Papai Noel para tirar foto... mas hoje não vejo a hora do meu filho crescer para colocá-lo no colo do bom velhinho! rs

Deixo claro que estou colocando de lado toda a utilização que a mídia faz para vender, vender e vender e todo o apelo comercial de diversas marcas que utilizam o Natal para vender, vender, vender...

Que magia é esta que leva crianças a escreverem cartas para o Papai Noel e colocarem no correio?! E colocam acreditando! Pedem acreditando! Mesmo que seja inviável, improvável ou até mesmo impossível o "papai de fato" ter dinheiro para comprar. Elas não fazem contas, não analisam o que é possível e o que não é... elas simplesmente acreditam.

Essa atitude realista diz respeito aos adultos... as crianças agem com inocência, com imaginação, sem limites. Algo que nós adultos perdemos com o tempo.

Elas acreditam que são o Batman quando estão vestidas com a fantasia dele, acreditam que o Papai Noel vai ler a carta e mandar entregar o presente, acreditam que as pegadas na casa são do coelho que veio deixar ovos de Páscoa... Elas acreditam porque não existem limites! Elas usam a imaginação porque elas ainda não sabem o que é real e o que é fantasia...

Por pouco tempo... esta fase de "acreditar" dura até os 7 ou 8 anos. Depois elas começam a saber o que existe e o que não existe. Que o filme que estão assistindo tem algo errado pois fadas não existem e uma varinha não pode realizar tudo.

E onde ficou nossa inocência? Nossa imaginação e fantasia? Onde utilizar conceitos tão distantes da nossa realidade dura de dias quadrados e respostas atravessadas?

Por isso defendo que contar histórias é incrível porque deve provocar sinapses entre os neurônios! rs  As palavras que saem da sua boca estão criando um mundo aleatório dentro da cabeça do pequeno, que vai sonhar, criar, imaginar, pensar e brincar.

Não porque ele ficará mais inteligente, será o primeiro da sala, um gênio ou coisa parecida, mas simplesmente porque a capacidade da imaginação é infinita e estas pequenas mentes são como um solo fértil a espera do plantio!

Pessoalmente, acredito que devemos instigar os pequenos a usar a imaginação enquanto ela está a 1.000 e principalmente não perder a inocência que nos é dada junto com a vida sem preço algum! Tem o momento de acreditar, o momento de curtir, o momento de entender o real e o momento de entender o que é fantasia. Só não podemos de forma precoce privar as crianças desta vivência, pois este encanto faz parte da idade, e tenho certeza que esta sementinha um dia florescendo, ficará guardada criando adultos menos duros, mais criativos, "imaginativos" e felizes!  
  
Ho-Ho-Ho!

 

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